“O
retiro é uma prática que está diretamente relacionada com a energia Ying do
indivíduo que o desenvolve. É uma atividade pessoal consciente de diminuir o
contato com a experiência externa, a fim de potencializar o contato com a
experiência interna. O hemisfério esquerdo cerebral lida com os aspectos da
energia já lúcida para o indivíduo, enquanto que o hemisfério direito cerebral
funciona como que um receptor de entrada para energias que ainda se encontram
ocultas para o ser. A energia Ying reflete a necessidade da não-ação, de onde
deveriam partir todas as nossas ações. Porém, o que percebemos é uma geração
contínua de ações e reações condicionadas, pouco conscientes e sustentadas pela
energia externa (Yang),
sem intervalos apropriados para um recolhimento necessário na polaridade
interna. O retiro, então, apresenta-se como uma prática imprescindível para os
peregrinos da senda espiritual, já que se torna uma atividade consciente, onde
o ser oferece um espaço-tempo de sua vida em direção às ordens ocultas que
necessitam vir à tona a fim de serem potencializadas [...] Eminentemente, um
retiro é uma prática gerenciada por consciências acima do ego, pois aqueles
que o buscam são seres que já despertaram para um sentido interno mais forte,
por onde a alma e o espírito se comunicam. Tais seres já pressentem o valor da
realidade do mundo além das formas, das palavras e dos conteúdos, via na qual
transitam as suas próprias consciências superiores. Buscam o retiro como uma
disciplina necessária para iniciar, ajustar ou potencializar este contato
superior, também demonstrando o interesse pela ascese espiritual [...] Um
retiro verdadeiro deve ter caráter transcendental, ou seja, deve intencionar
retirar a consciência do praticante do ponto em que se encontra e, ganha
características individuais de acordo com as necessidades ocasionais que
estejam pré-dispostas para cada ser. Não há um espaço-tempo definido e
inflexível para a realização de um retiro. O que deve haver é uma entrega
sincera e desapegada para o que pode se desencadear com a experiência. O espaço-tempo
que rege a experiência de um retiro pode durar átimos de segundo, como no caso
de seres cósmicos despertos, que por um ato de vontade podem recolher suas
consciências terrenas e, como um raio, automaticamente conectar-se com suas
consciências extraplanetárias, buscando um veio de Luz superior que os
posicione harmonicamente para o contexto estabelecido na dimensão em que se
encontre na Terra. De outra forma, um retiro pode necessitar de um ciclo do
espaço-tempo terreno de três dias, sete dias ou vinte e um dias, de acordo com
os chamados internos de seus praticantes. Portanto, tenhamos claro que um
retiro não deve seguir regras inflexíveis e, oportunamente, deve ocorrer como
uma prática disciplinar diferenciada para cada nível de
consciência.” (Do livro “VIA CORAÇÃO, caminhos da transformação”, págs 240 a 242)
“Será
que podemos compreender as realidades espirituais dos Mestres sem assumirmos
disciplinas pessoais ou praticarmos as orientações que vem da Hierarquia
Celeste? Como podemos encontrar a nossa "Santidade"?
O que seria um "Santo"?
O "Santo" sob o ponto de vista etimológico é
aquele ser que consegue viver a sua vida interna sem se contaminar com as
impurezas da vida mundana. Vive uma vida em separado, na sua consciência, e
para manter esta disciplina de distanciamento consciente da vida humana comum,
ele assume inúmeras disciplinas que são facilitadoras para a manutenção do seu
estado de santidade. Quando estamos muito envolvidos com alguma realidade,
temos uma dificuldade inerente a este envolvimento que nos dificulta ver a real
natureza desta realidade. Assim como precisamos nos afastar de um edifício de dez
andares para vê-lo por inteiro, analogamente, o santo assume um distanciamento
saudável da vida para também poder vê-la melhor e por inteiro. O que conhecemos
como ‘retiro’ é uma das práticas que fundamentam a
experiência da santidade. É através de um retiro consciente, pautado com
processos de purificações corporais, que uma alma humana começa a se fortalecer
em sua natureza mais íntima. Em sua dinâmica interativa, a conturbada e
excitada vida comum lida com inúmeros componentes distorcidos e equivocados que
dificultam uma compreensão da vida divina em si. Desta forma, uma alma humana
que vai amadurecendo em sua evolução se sente espontaneamente atraída pela
prática do retiro. Pois é no retiro que ela vai encontrar a condição de se
ordenar e se estruturar para prosseguimento de sua vida.” (Do livro “COMANDO ESTRELINHA, Temas Transcendentais”, pág 98)
“O celibato não é só uma prática puramente
sexual, quando desenvolvida para fins evolutivos. Envolve a consciência do
autocontrole e do uso adequado dos corpos de energia. Atualmente, há um excesso
de informações que transitam pela mente coletiva humana, fortalecendo as
consciências corporais inferiores sem arremetê-las aos planos sutis e
simbólicos. Jogos de sensualidade gratuita estão sendo desencadeados no seio
desta civilização, atrasando ou estagnando os passos que muitos seres deveriam
dar em seus caminhos. Desta forma, o celibato entra como uma prática defensiva
quanto aos ataques ignorantes das manifestações grosseiras que intentam
retardar a elevação da Luz que libertará esta humanidade.” (Do livro “VIA CORAÇÃO, caminhos da transformação”, pág 248)
“Uma das ilusões que um buscador espiritual tem
que transcender diz respeito à sua autoimagem mental identificada com a sua
manifestação terrena polar externa, seja em forma de mulher ou de homem.
Enquanto mantivermos como real a nossa natureza formal inferior de "Homem
ou Mulher", estaremos confirmando para a nossa própria consciência a
nossa dualidade polarizada. Neste nível de consciência, a sexualidade ainda tem
um valor relativo de poder sobre a experiência dos nossos corpos externos para
a Terra. Porém, os nossos outros corpos sutis e cósmicos ficam inibidos para se
tornarem conscientes. Somente quando já nos consideramos realizados e "bastados" com
as nossas experiências relacionadas à sexualidade terrena é que podemos, então,
oferecer as nossas energias sexuais para uma ascensão de consciência que nos
eleva para outras realidades. Quando alcançamos esta maturidade, tendemos a nos
sentir atraídos por práticas incomuns sugeridas por Grandes Mestres como
Jesus, Gautama, Krishna, Trigueirinho, Sathya Sai Baba, etc... Os Grandes
Mestres são aqueles que sabem do valor de práticas como o celibato,
trazendo em suas consciências os princípios que sustentam a androginia que o
Reino Humano deve manifestar no futuro de sua evolução sobre a Terra. Com a
revelação da presença de um novo código genético (GNA) sendo
experimentado dentro do Reino Humano, num processo de atualização evolutiva, há
seres humanos autorrealizados encarnados na Terra que possuem missões, em
caráter de serviço cósmico, de usufruírem das suas sexualidades para gerarem as
condições adequadas para os nascimentos de novas crianças (Índigos,
Cristais, Douradas, Esmeraldas, etc...). Estas missões específicas são
encaminhadas aos seres humanos que já possuem contatos conscientes com a
Hierarquia Planetária ou Cósmica. Tais seres optaram voluntariamente, por
permanecerem nos planos materiais da órbita da Terra, com o propósito de
auxiliar nas conexões que devem se fortalecer entre as dimensões que estão se
dispondo ao planeta atualmente. Para isto, os seres humanos mais capacitados
são os "autorrealizados", pois já possuem consciências
experimentadas e aperfeiçoadas pelo atual código genético DNA, tendo também já
transcendidas as suas necessidades sexuais inferiores. Desta forma, são vetores
capacitados para o uso adequado de suas próprias energias sexuais, caso se faça
necessário usufruí-la como canais para manifestações de energias
superiores.” (Do livro “COMANDO ESTRELINHA, Temas Transcendentais”, pág 58)
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