Os textos deste Blog foram extraídos dos livros de Horácio Netho: "COMANDO ESTRELINHA, Temas Transcendentais"

"VIA CORAÇÃO, Caminhos da Transformação" 🧿 "SUTRAS, Uma Vida Melhor" 🧿 "VIA TERRA, Caminhos da Luz"


sábado, 15 de fevereiro de 2020

PRÁTICAS EVOLUTIVAS: Meditação e Contemplação



“Uma das bases primordiais que sustentam a prática da meditação é a fé. É saber que se vai penetrar em verdades inconcebíveis e em mundos desconhecidos que permeiam a existência e a inexistência do ser [...] Para se combater o inimigo é sábio conhecer a sua força, os seus recursos, as suas estratégias e os seus objetivos. Desta forma, o ser humano deve buscar conhecer o seu ego dual e combatê-lo, internamente, até a rendição total. O ego é o principal inimigo do homem enquanto percebido, reconhecido e vivenciado pelo próprio ego. Iluminado e reconhecido pela alma, o ego passa a ser um aliado que serve de base inferior para a sua expressão. Ou seja, em determinado nível o ego é um veículo essencial nos níveis inferiores para a expressão dos propósitos advindos dos níveis supra-humanos. É através do seu ego que um mestre espiritual se torna visível à humanidade comum e assim pode cumprir a sua missão de auxílio na matéria terrestre. A meditação é a ferramenta de investigação primordial para se conhecer os limites essenciais do ego [...] Ao contrário do que muitos pensam, a indiferença é um comportamento elevado que parte do não julgamento. É base essencial para o estabelecimento do desapego e da neutralidade. Há técnicas avançadas de meditação que proporcionam a incorporação da consciência da indiferença no ser humano. A indiferença propicia um distanciamento mental e emocional saudável dos eventos externos da vida, abrindo espaço e sustentação para a ação instantânea da intuição. Destitui os desejos e a zona de sofrimento da consciência humana comum, estabelecendo um vetor de contato ascensional [...] Redimensionar os frutos de uma meditação profunda é tarefa que não se deve fazer. É involuir. Não há meios disponíveis eficazes que possam transcodificar fidedignamente a experiência vivenciada nas dimensões superiores [...] A prática da meditação não intenciona fazer do ser humano um ser bonzinho, calmo e incapaz de fazer mal a alguém... um manso. Ilusão. A meditação tende a tornar o ser mais coerente, mais conectado com a sua essência e mais fidedigno às suas respostas para com a vida. Ser bonzinho, fazer o bem ou o mal está abaixo de onde a meditação alcança. A consciência que se busca através da meditação é transcendente para a dualidade bem e mal. É vivencia que se destina à neutralidade e ao esvaziamento dos julgamentos mentais e das respostas emocionais. Busca conectar o autopoder todo centrado, que às vezes constrói e outras vezes destrói [...] Se faz necessária uma meditação profunda sobre a relação da consciência humana com o espaço-tempo externo. Desta forma, pode-se observar as escapadas que a mente tende a dar, constantemente, do momentum interno do eterno agora. Este momentum traz a unificação de todos os tempos ilusórios externos através de uma iniciação que permite usufruí-los, a partir da quinta dimensão, sempre com a consciência atenta e desperta no eixo central do agora [...] Todos os elementos externos da existência, quando observados profundamente em estado meditativo, se dispersam no vazio. Os budistas já pregam esta realidade, há séculos, denominando-a de sunyata. A ciência da física quântica contemporânea já acolhe e confirma esta verdade. É que, através dos altos níveis de pureza e meditação, o homem é iniciado com os mistérios da natureza atômica. Ou seja, a consciência humana desperta dos grandes iniciados está muito à frente do que a atual ciência ainda precise investigar e confirmar.” (Do livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)





Para começar a Meditar
(Lama Padma Samten)



“Em sânscrito, a palavra 'SGOM' (algo como familiarizar-se) é usada, no Tibete, para designar o que conhecemos como meditação, na cultura ocidental. A vida superior é paradoxal, ou seja, corre em paralelo à mente e não a toca. A meditação é o meio de transcender a experiência da mente e perceber a vida superior, na sua própria dimensão. A meditação é uma prática somente indicada para aqueles que já possuem certo grau de con­centração mental e buscam aperfeiçoar a compreensão das relações men­tais com os elementos da vida. Antes de se acessar o estado meditativo (que é incidental), a mente humana necessita desenvolver uma estabilidade de concentração, que suporte esta experiência superior sobremental. Não é o ego humano que busca a prática da meditação. É a cons­ciência da sua alma que, quando se apronta para despertar, projeta uma luz atrativa na direção da sua consciência inferior. A consciência da alma se faz perceber através de uma voz interna e silenciosa, que usufrui das vias intuitivas para se comunicar. Sabendo disto, o ser humano inician­te na meditação deve apenas concentrar a sua mente e entregar-se, em silêncio desinteressado, ao comando de sua própria alma [...] O planeta Terra está passando por uma transformação em sua grade de energias. A incorporação da quinta dimensão na consciência dos elementais da Terra impulsionará a humanidade a uma frequência vibracional correspondente aos estados meditativos, relativos às expe­riências dos corpos de luz humanos. Desta forma, as técnicas milenares tradicionais de meditação estão se tornando ultrapassadas, pela pró­pria facilitação da elevação da consciência planetária.”  (Extraído do livro “VIA CORAÇÃO, caminhos da transformação”, págs 162 e 165)









Meditação c\ 1 Milhão de Crianças
(Ciência da Meditação)



“Um ser humano pode perdurar por longos períodos praticando várias técnicas de meditação e vivenciar uma reduzida carga de experiências conscienciais. Contudo, um outro ser humano pode penetrar acentuadamente os níveis mais sutis da consciência em pouco tempo de prática meditativa. Cada ser conduz, normalmente, um nível diferenciado de propósito diante o seu status evolutivo. Daí, a verdadeira meditação deve respeitar a individualidade de cada ser, deve se encaminhar como uma prática livre sem desejos ou metas totalmente definidas. Desta forma, cada ser estará apto para acessar mais adequadamente o que lhe for correspondente segundo a regência da sua própria consciência superior [...] A meditação é uma prática superior que independe de qualquer doutrina religiosa. É uma prática livre, pessoal, direta e sintética, autocentrada na busca da consciência holística. Segue a individualidade da cada ser e é vivência de autoconhecimento [...] É da natureza da mente humana comum tagarelar, desviar constantemente o foco de sua atenção e estabelecer condicionamentos. É de sua natureza, também, a tendência a assumir a liderança do ego e o controle sobre as verdades com as quais se identifica. Da mesma forma, uma mente comum tende a penetrar invasivamente e sem humildade os espaços externos e ambientais nos quais o ser se encontra, agredindo por vezes sutilmente estes lugares. É necessário um estado de consciência meditativa para que se consiga desenvolver uma maior retidão mental e um comportamento mais disciplinado, equilibrado e amoroso da mente [...] Muitos seres humanos falam sobre o ego a partir da sua própria consciência e percepção egóica. Nunca vivenciaram a sua natureza superior por meio da meditação. Desta forma, não conseguem discriminar nitidamente a sua essência, pois relatam a partir das experiências, informações e definições dos outros. Em verdade, são ignorantes que especulam sem conhecimento de causa, ficando na própria superficialidade inerente do ego, em retroalimentação da ilusão de suas mentes [...] A partir da sua dimensão de linguagem, as palavras tentarão expor uma apresentação, uma imagem ou uma idéia sobre as realidades divinas. Mesmo usufruindo das combinações mais harmônicas e perfeitas entre as palavras, em qualquer idioma, o plano divino ainda será distorcido. A consciência humana só compreenderá a divindade por via direta e esta via é acessada por meio do silêncio, da concentração, da pureza, do estado meditativo e contemplativo [...] Caso o ser ainda não tenha um bom nível de meditação, ele vai estar sempre diante o plano das máscaras, das personalidades e dos egos. Nunca poderá se aproximar verdadeiramente da essência de um outro ser. Ficará limitado ao plano das ilusões, da superficialidade aparente e se perderá facilmente com a sua ignorância diante os seus julgamentos infundados. Desta forma, perderá muitas oportunidades de se elevar por não ser capaz de perceber a luz maior de outros seres e se beneficiar dela [...] O místico contemplativo não conduz técnicas meditativas, está além delas. Ele traz o veio da luz superior acessível em sua consciência e a toca quando quer [...] O ego só é melhor compreendido através de um certo distanciamento. A meditação é a prática vivencial adequada para promover o distanciamento e a observação da consciência humana sobre si própria. Por este meio, a consciência humana superior ao ego poderá revelar-lhe a sua essência [...] Não é a mente que cria a realidade ou a ilusão, ela simplesmente confirma ou nega estes aspectos. A natureza da ilusão e da realidade estão acima da capacidade mental. Somente em meditação e silêncio interno profundo pode-se perceber a essência do propósito da mente [...] Com a meditação analítica e investigativa, o ser pode perceber como se manifestam e quais espaços ocupam as suas dimensões física, emocional e mental [...] É da natureza da mente querer estar sempre no controle da vida. Porta-se como um controlador tirano, ditando o que deve e o que não deve, o que é e o que não é. Meditar é desapossar este ditador (mente) e entregar o cargo a Deus, humildemente em silêncio para que um novo reinado surja.”  (Do livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)




Relação entre Oração e Meditação
(Trigueirinho)



“A contemplação é o meio de comunicação entre o homem e o suprahomem, entre a vida mundana e a vida divina. O invisível se deixa penetrar, os símbolos se expõem, as sincronicidades se manifestam, desilusões brotam e véus são retirados. A supramente em contato com a supranatureza. Não há mais só o cantar do pássaro... Ao praticar a verdadeira contemplação, o ser se desnatura e transcende todos os conceitos pré-estabelecidos pela sua mente. Desta forma, acaba se expandindo, conhecendo e encontrando a si próprio interconectado num mergulho profundo na essência do todo [...] A voz interna mais profunda de um ser vai além da sua manifestação atual dentro da raça humana. Como pode um ser humano dar vez à sua voz interna, se ele se encontra sobrecarregado com imagens mentais externas, se ele está condicionado a viver a sua realidade somente através dos contatos externos, se ele acredita fielmente que a sua realização dar-se-á exclusivamente no campo da matéria, se ele deixou-se cair na armadilha do excesso de compromissos e responsabilidades individuais, se ele vive a sua vida para consumir e ter sem saber o porquê, se ele se encontra incapaz sequer de ter tempo para contemplar a vida e conversar com Deus? [...] O místico contemplativo não conduz técnicas meditativas, está além delas. Ele traz o veio da luz superior acessível em sua consciência e a toca quando quer [...] Se o ser não contemplou cachoeiras, oceanos, jardins, pássaros, as artes e todas as outras ofertas de expressões da natureza deste belo planeta, é porque realmente ele não sabe o que a vida na Terra quer da sua existência [...] Quando for, buscar a intenção. Lá, contemplar. Ao retornar, reflexão [...] Ao contemplarmos silenciosamente a Terra física a partir de seus cumes, altos, colinas, montanhas... um conhecimento interno nos toca, apesar de nem sempre ficar totalmente consciente e claro, preferindo permanecer oculto [...] Um instrutor espiritual coligado aos mundos divinos exerce o seu propósito a partir do contato e do alcance de sua consciência. Divide o seu caminho com inúmeros outros seres. Sabe que nunca está ou esteve só. Vive o seu dia em função do todo e para o todo, em nome da Fonte e como uma expressão da Fonte. Cumpre a sua missão indo além dela, projetando para a vida externa parte do que acolheu em seu mundo interno. Torna-se um espelho que reflete a luz recebida. Transforma-se em um curador, reestruturando os corpos em desarmonia. Governa a sua vida em benefício dos outros e com os outros. É um guerreiro silencioso e perspicaz que destrói ilusões amorosamente, além da dualidade. Vê-se sacerdote iniciando a humanidade em novos caminhos e, em nenhum momento, deixa de contemplar a beleza intrínseca exposta pela vida maior [...] O segredo não está em ter o controle da vida ou em ser permissivo com ele, mas em perceber como se manifesta esta dinâmica de controle. A observação e a contemplação são pré-requisitos em direção à origem deste controle [...] Através da meditação e da contemplação o ser sabe, mas evita explicações... Tende ao silêncio [...] A partir da sua dimensão de linguagem, as palavras tentarão expor uma apresentação, uma imagem ou uma ideia sobre as realidades divinas. Mesmo usufruindo das combinações mais harmônicas e perfeitas entre as palavras, em qualquer idioma, o plano divino ainda será distorcido. A consciência humana só compreenderá a divindade por via direta e esta via é acessada por meio do silêncio, da concentração, da pureza, do estado meditativo e contemplativo [...] Não negar o que lhe aflora. Aceitar e contemplar. O que fazer? Eis a prova [...] O caminho já está aí, se realizando. Neste momento, em todos os pontos do Cosmos, as expressões diferenciadas da Fonte se manifestam. Inúmeros reinos e sub-reinos, inúmeros arquétipos e princípios. Um universo, uma galáxia, um sistema solar, um planeta, uma raça... são pequenas gotas em um mar infinito de realidades que há muito o quê se revelar para a vida. O homem terreno é um pequeno grão integrante de uma conjuntura maior e ainda incognoscível. Em sua efêmera natureza, cabe ao ser humano contemplar a grandeza da Fonte e seguir serenamente a simples experiência de cada momentum da sua existência.”   (Do livro “VIA TERRA, caminhos da luz”, Horácio Netho)








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